Na manhã desta quarta-feira (21) aconteceu no auditório da ACIANF (Associação Comercial, Industrial e Agrícola de Nova Friburgo) o Encontro com os Associados, abordando o tema ESG (Environmental, Social and Governance) com o professor e consultor de Geografia e Engenharia Ambiental, Fernando Cavalcante.
O conceito de ESG ainda é pouco conhecido entre pequenos empresários, porém é muito importante para o crescimento e desenvolvimento saudável de uma empresa a longo prazo. Trata-se de um índice de políticas corporativas sustentáveis a serem adotadas com base em três pilares: Meio-ambiente (Environmental), Social e de Governo (Governance), com o objetivo de aumentar o valor da empresa de acordo com as métricas de evolução estabelecidas e devidamente alcançadas.
As maiores companhias do país e do mundo hoje, como a Globo, o Bradesco, o Banco do Brasil, a Ambev, Unilever, Nestlé e Petrobras fazem parte desse grupo de corporações consideradas “ESG” e, segundo o professor Fernando Cavalcante, “Funciona como uma cachoeira, onde a água [o dinheiro] está nos grandes investidores e eles vão começar a abrir essas torneiras para onde tem empresas de ESG e se não tem, eles vão fechar essa torneira ou então deixar o dinheiro caro”.
Mas afinal, como fazer com que a sua empresa se torne parte dessa estatística?
Vice-Presidente de Administração da ACIANF, Juvenal Condack (esquerda) e professor Fernando Cavalcante (direita)
FOTO: ACIANF
Para um empreendimento se tornar relevante no princípio de ESG, é necessário que o empresário se atente aos setores ambientais e sociais dele. Portanto, manter um relacionamento saudável com funcionários e clientes, agir de acordo com as regulamentações vigentes, ter uma boa relação com entidades de governo, ter uma comunicação transparente, contemplar diversidade e equidade de gênero dentro da empresa, ter comprometimento com direitos humanos e leis trabalhistas, proteger e garantir a segurança dos colaboradores, além de engajar com práticas voltadas ao meio ambiente que tenham relação com a sua empresa. Por exemplo: uma companhia voltada para o setor têxtil tem a tendência de descartar resíduos de tecidos, o que contribui para o acúmulo de lixo gerado por ela. Nesse caso, seria necessário uma medida que transformasse esse descarte de material em algo mais sustentável, como a reciclagem ou a utilização desses retalhos para confecção de novas peças de roupa e acessórios.
No longo prazo, essas medidas são interessantes para o empreendedor, porque coloca a empresa no radar de companhias que possuem os mesmos valores sustentáveis, criando uma rede de apoio e negócios. Para o Vice-Presidente de Administração da ACIANF, Juvenal Condack, “Isso não é de graça. Se ele [o empresário] está investindo, ele está buscando retorno e se não investir, corre o risco de ser alijado do mercado. [Porque] esse é um meio de valorização da empresa, até de permanência no mercado se ela já é uma empresa tradicional. (...) Esse compromisso com a sustentabilidade não é só pela sustentabilidade, mas sim pelas próximas gerações (...) [O ESG] não é algo obrigatório, não é lei, mas quem não ‘apertar o passo’ vai pagar o preço”.
O Encontro com Associados acontece mensalmente no auditório da ACIANF para tratar de temas relevantes do ramo empresarial, além de promover o networking entre os empresários.
