A Reforma Tributária irá acabar com o Simples Nacional?

A Reforma Tributária irá acabar com o Simples Nacional?

A Reforma Tributária, embora não altere diretamente o Simples Nacional, traz mudanças que podem impactar empresas que utilizam esse regime, especialmente as que atuam no mercado B2B (empresa para empresa). A seguir, entenda como essas alterações funcionam e o que fazer para se preparar.

 

O Que Muda na Prática?

A principal mudança da reforma é a substituição de cinco tributos federais, estaduais e municipais por dois novos impostos:

 

IBS (Imposto sobre Bens e Serviços): substituirá ICMS, ISS e IPI.

CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços): substituirá PIS e Cofins.

Apesar da mudança, o Simples Nacional continuará unificando os impostos no DAS (Documento de Arrecadação do Simples), mantendo a carga tributária proporcional ao faturamento mensal das empresas.

 

Transferência de Créditos Tributários

Empresas do Simples Nacional que atendem outras empresas poderão conceder créditos tributários de IBS e CBS aos seus clientes Pessoa Jurídica, o que pode melhorar sua competitividade. Mas há um detalhe:

 

O crédito será calculado com base nos valores efetivamente pagos no Simples, eliminando os benefícios extras que existiam anteriormente com PIS e Cofins.

Empresas B2C (que atendem consumidores finais): não precisarão se preocupar, pois essas operações não dão direito a créditos tributários e não haverá aumento de carga tributária.

 

Opção pelo Simples Nacional Híbrido

A reforma permitirá que empresas optem por recolher IBS e CBS fora do DAS, aplicando as alíquotas padrão usadas por empresas de Lucro Real e Presumido. Essa alternativa pode ser vantajosa para empresas B2B que queiram conceder créditos tributários maiores aos seus clientes, mas aumenta a carga tributária e complexifica o processo.

 

Tabelas e Sublimites

A partir de 2027, as alíquotas e percentuais de ICMS e ISS no DAS serão gradualmente ajustados até 2033, quando estarão completamente integrados ao IBS e CBS. Os sublimites de faturamento para ICMS e ISS continuam valendo:

 

Empresas com faturamento acima de R$ 3,6 milhões recolhem ICMS e ISS fora do Simples.

O teto de faturamento geral do Simples permanece em R$ 4,8 milhões.

 

Como a ACIANF Pode Ajudar

A ACIANF apoia os associados emitindo a guia do Simples Nacional gratuitamente e oferece suporte para esclarecer dúvidas sobre as mudanças trazidas pela reforma. Isso ajuda você a evitar erros e a aproveitar o máximo das vantagens fiscais do Simples.

Não deixe para depois! Procure a ACIANF e garanta que seu negócio esteja preparado para o futuro tributário.